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Especial Dia das Mães: “Ser mãe de gêmeas é viver tudo em dobro — inclusive o caos e o amor”

Leitura obrigatória

Aos 37 anos, Anaíza Fernandes Calafiori realizou o sonho da maternidade — em dose dupla. A gravidez foi planejada e muito desejada, mas a surpresa veio logo no início: gêmeas univitelinas concebidas naturalmente, um caso raro. “A maternidade me ensinou desde o começo que a gente não tem controle de nada.”

A gestação transcorreu bem até a reta final, quando, em uma consulta de rotina, sua pressão arterial estava em 19 por 11. Diagnosticada com a síndrome HELLP, forma grave de pré-eclâmpsia, Anaíza foi internada às pressas na Santa Casa e encaminhada à UTI. Marina e Olívia nasceram prematuras e também precisaram de cuidados intensivos.

“Fiquei uma semana na UTI sem elas. Foi muito difícil. E quando voltamos pra casa, começou uma nova fase — tão ou mais desafiadora que a anterior.” Ser mãe de gêmeas, de primeira viagem, exigiu o máximo emocional, físico e mental. “Foi assustador. Cada fase é um novo desafio. Eu nem me lembro mais de quem eu era antes delas.”

Anaíza enfrentou noites em claro, exaustão e a sensação de perder a própria identidade. “A gente deixa de se reconhecer: nas roupas, nos gostos, no espelho. É como cair em um buraco e ter que se reinventar lá dentro.”

Foi nesse processo que entendeu o valor de uma rede de apoio. “Tive sorte. Tive ajuda. E isso salvou minha sanidade. Se você puder ser rede de apoio de uma mãe, seja. Ajuda muda tudo.” Aprendeu também a pedir ajuda — mesmo com a dificuldade de abrir mão da privacidade e da liberdade. “Ninguém dá conta de tudo sozinho.”

A maternidade de gêmeas também trouxe sobrecarga emocional. Com tantos conselhos e opiniões, Anaíza precisou filtrar o que realmente fazia sentido. “Todo mundo tem uma dica, um método, uma história. Mas só quem vive sabe. A gente aprende com o tempo a fazer do nosso jeito.”

Hoje, com as filhas crescendo, o caos dá lugar à rotina — ainda intensa, mas mais possível. “A gente se adapta. Aprende a respirar no meio do furacão.” E com isso vem o olhar mais leve, mais maduro, mais profundo sobre o que realmente importa.

“Maternidade é tudo aquilo que transforma — mesmo que te derrube. É doação, entrega, renascimento, amor incondicional e superação. Em dobro.”

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